Atualmente, pode-se afirmar que vivemos uma grande crise humanitária mundial. Segundo Stephen O’Brien, secretário de assuntos humanitários da ONU (Organização das Nações Unidas), “enfrentamos a maior crise humanitária desde a criação das Nações Unidas”. A ONU foi criada em 1945, após o término da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de impedir outro conflito como aquele. Assim como aconteceu na Segunda Guerra, as crises humanitárias atuais geram milhões de refugiados.
Crise humanitária pode ser entendida como “uma situação de emergência, em que a vida de um grande números de pessoas encontra-se ameaçada e na qual recursos extraordinários de ajuda humanitária são necessários para evitar uma catástrofe ou pelo menos limitar as suas consequências” (Wikipedia). Caracterizada por privação de alimentos, abrigos, riscos à saúde, à segurança, ao bem estar e até risco de morte iminente, esta situação fere os princípios de “dignidade da pessoa humana”, contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948). Como já mencionado, as crises humanitárias geram muitos refugiados, que buscam por uma vida digna em outro país.
Refugiados são cidadãos que deixam seu país de origem devido a um temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas (Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, 1951). Há ainda os que fogem de guerras, desastres naturais e os apátridas (pessoas que se encontram sem pátria, sem nacionalidade). Deslocados Internos são pessoas que deslocam-se dentro de seu próprio país, e mesmo que tenham fugido por razões análogas às dos refugiados, permanecem sob a proteção do próprio governo, até mesmo se for ele o motivo da fuga. Continuam com todos os seus direitos como cidadãos do país de origem.
Refugiados são cidadãos que deixam seu país de origem devido a um temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas (Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, 1951). Há ainda os que fogem de guerras, desastres naturais e os apátridas (pessoas que se encontram sem pátria, sem nacionalidade). Deslocados Internos são pessoas que deslocam-se dentro de seu próprio país, e mesmo que tenham fugido por razões análogas às dos refugiados, permanecem sob a proteção do próprio governo, até mesmo se for ele o motivo da fuga. Continuam com todos os seus direitos como cidadãos do país de origem.
Em todo o planeta Terra existem 65,3 milhões de refugiados (ONU, 2017), dentre os quais, mais da metade provém apenas da Síria, Afeganistão e Somália. Conforme dados do Jornal Nexo, apenas três países respondem sozinhos pela acolhida de um quarto do total dessas pessoas: Turquia, Líbano e Paquistão, países que também não estão em situação muito favorável. O continente Europeu recebe apenas 6%, as Américas 12%. A Ásia e a Oceania juntas dão refúgio a 14% e a África, 29%. Fora o Oriente Médio, que recebe sozinho 30% dos refugiados.
A existência de refugiados é milenar. Já na Antiguidade (por volta do século V a.C.), os hebreus passavam por grandes dificuldades devido a uma grande seca, e foram buscar condições de sobrevivência no Egito. Na Idade Média, homens livres em busca de proteção contra os Bárbaros, iam trabalhar em feudos distantes. Após a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), milhões de pessoas ficaram desabrigadas, e a então entidade internacional máxima, a Liga das Nações, começou a organizar formas de lidar com os refugiados de guerra. Após a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), que gerou milhões de desabrigados (somente judeus eram 250.000), e também após a instituição da ONU (1945), foi criado o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), estabelecido em 1951, com a finalidade de dar proteção internacional aos refugiados e encontrar soluções permanentes. Para sanar possíveis falhas na ACNUR, em 1967 foi assinado em Nova Iorque um protocolo relativo ao Estatuto. O ACNUR presta assistência aos refugiados e aos deslocados, embora seu mandato original refira-se apenas aos refugiados. Tem como papel principal a supervisão das necessidades de proteção e abrigo, bem como a gerência dos campos.
Refugiados europeus após a Segunda Guerra Mundial |
Porém, com o passar dos anos, o fluxo de refugiados tornou-se uma situação fora de controle. Multidões caminham milhares de quilômetros, ou arriscam suas vidas em botes e barcos precários no Mar Mediterrâneo em busca de refúgio. Muitos acabam vítimas de traficantes de pessoas, que cobram caro para levá-los à Europa, e acabam por largar todos à própria sorte. Impossível saber quantos já perderam a vida nessa maratona desumana.
Percebe-se que a crise humanitária mundial hoje existente é causada por ações humanas, porque mesmo aquelas situações marcadas por desastres naturais, poderiam ser amenizadas pela boa vontade dos governantes em criar políticas sociais que favoreçam os atingidos, e até
para evitar situações provocadas pela degradação do meio ambiente. Para citar alguns exemplos de países assolados em crises humanitárias, começamos pelo Sudão do Sul, que vive constantes disputas internas. Na Nigéria, há a militância da organização extremista Boko Haram. No Iemen, intermináveis conflitos. Já na Somália, a razão da fome é uma grande seca e também a falta de um governo efetivo, além do movimento Al Shabaab, grupo radical islâmico vinculado a Al Qaeda. A crise na Síria foi provocada por uma destruidora e sangrenta guerra civil, que já matou 11 milhões de habitantes, agravada pelo avanço do grupo extremista Estado Islâmico, que espalha terrorismo não somente na Síria, mas em vários países .
Percebe-se que a crise humanitária mundial hoje existente é causada por ações humanas, porque mesmo aquelas situações marcadas por desastres naturais, poderiam ser amenizadas pela boa vontade dos governantes em criar políticas sociais que favoreçam os atingidos, e até
para evitar situações provocadas pela degradação do meio ambiente. Para citar alguns exemplos de países assolados em crises humanitárias, começamos pelo Sudão do Sul, que vive constantes disputas internas. Na Nigéria, há a militância da organização extremista Boko Haram. No Iemen, intermináveis conflitos. Já na Somália, a razão da fome é uma grande seca e também a falta de um governo efetivo, além do movimento Al Shabaab, grupo radical islâmico vinculado a Al Qaeda. A crise na Síria foi provocada por uma destruidora e sangrenta guerra civil, que já matou 11 milhões de habitantes, agravada pelo avanço do grupo extremista Estado Islâmico, que espalha terrorismo não somente na Síria, mas em vários países .
REFERÊNCIAS:
www.bbc.com/portuguese/noticias/
www.nexojornal.com.br/expresso/2017/02/10
www.direitodiario.com.br/
www.msf.org.br/noticias/msf
www.brasil.elpais.com/brasil/2017/08/05
www.1.folha.oul.com.br/mundo/2017/03/18
www.cartacapital.com.br/internacional
www.istoe.com.br
www.g1.globo.com/mundo/noticia/
www.wikipedia.org/wiki/crise_humanit
www.oglobo.com/mundo
www.acnur.org/portugues/
Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados,ONU, 1951.
www.bbc.com/portuguese/noticias/
www.nexojornal.com.br/expresso/2017/02/10
www.direitodiario.com.br/
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www.oglobo.com/mundo
www.acnur.org/portugues/
Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados,ONU, 1951.
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